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Bom Dia Bem-Vindo a Freenote, Login ou Crie sua conta
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“Às vezes me parece como se eu não pertencesse mais a este mundo”. Com essa frase do verão de 1828, Franz Schubert resume a força de sua música: uma busca constante por um mundo utópico, que talvez não exista, mas que graças à sua música pode nascer e tornar-se um refúgio. Não é uma fuga, é uma viagem, talvez sem chegada, mas vital para o artista. A ingenuidade e a inocência de Schubert viram harmonias cujas modulações constantes formam um dos traços mais característicos de sua obra e indicam inquietude (por nunca conseguir chegar àquele mundo) e ao mesmo tempo calma e serenidade (talvez por saber que aquele mundo não exista mesmo!). Mesmo assim, a viagem vale a pena. E ainda que durante a sua vida não tenha obtido o sucesso que certamente merecia, Schubert nos mostra um caminho possível. Os excertos deste livro – Franz, sublime Schubert –, extraídos de suas cartas, diários e citações sobre o compositor, é como mergulhar nas harmonias de Viagem de inverno, um de seus mais profundos legados, e pode transformar-nos também em viajantes da alma humana.
Emmanuele Baldini, violinista e regente
Sobre o autor:
Mário Alves Coutinho é graduado em psicologia (PUC-MG), doutor em Literatura Comparada (UFMG), com pós-doutorado no Departamento de Comunicação Social da UFMG. Organizou e traduziu os livros: Tudo que vive é sagrado, poemas de William Blake e David Herbert Lawrence (Crisálida, 2001 e 2010); Canções da inocência e da experiência, poemas de William Blake (Crisálida, 2005); O livro luminoso da vida, ensaios literários de David Herbert Lawrence (Crisálida, 2010). Como crítico e ensaísta de cinema, publicou: Godard e a educação (Autêntica, 2013); Godard, cinema, literatura (Crisálida, 2013); Escrever com a câmera: a literatura cinematográfica de Jean-Luc Godard (Crisálida, 2010); e Presença do CEC: 50 anos de cinema em Belo Horizonte (Crisálida, 2001).
Pela Tipografia Musical, lançou: A explosão e o suspiro ou um corpo que cai (2015, romance, Série Outras Grafias); Aforismos musicais: extraídos de sua correspondência completa, de Wolfgang Amadeus Mozart (2016, edição e tradução); Um corpo que cai: Alfred Hitchcock ou o perverso e o sublime (2018, ensaio/cinema, Série Outras Grafias).